Desta vez as sugestões são de Joana G. Tadeu, a minimalista.
Joana Guerra Tadeu, igualmente conhecida como a Minimalista, é consultora de empreendedorismo e gestão de mudança de projetos com objetivos ecológicos, cofundadora da primeira rede e loja online portuguesa de curadoria Sustentável A Monta / The Window e escritora. Defende diariamente um estilo de vida mais consciente e sustentável, apoia a produção ética e promove artesãos, ativistas e empreendedores portugueses que tenham projetos felizes, justos e sustentáveis,.
COMBATER O DESPERDÍCIO ALIMENTAR: planear as refeições festivas com a família tendo em conta as quantidades e variedades, fazer “meias-receitas” das sobremesas para ter mais variedade mas em quantidades mais sensatas para que se desperdice menos, fazer “roupa-velha” com os restos de “bacalhau com todos” da consoada, e ter frascos ou caixas prontos para dividir as sobras pelos vários agregados – é um presente extra!
EMBRULHOS ECOLÓGICOS: não embrulhar presentes (se for um frasco de bolachas caseiras não há necessidade, pois não?), embrulhar com materiais reutilizados como jornal ou papel de embrulho de anos passados passado a ferro, abdicar das fitas (incluindo a fita-cola) e laçarotes (sobretudo os de plástico), usar elementos naturais como elemento extra e não escrever nomes em etiquetas nem papéis pois impede a reutilização – porque não escrever numa etiqueta lavável ou numa folha de árvore?
Joana partilha ainda o seu de ideias de embrulhos.
NÃO FAZER FRETES: Não temos que ir a todos os jantares de Natal, não temos que participar em todos os “Secret Santas” e fazer trocas de presentes indesejados é uma estupidez! Consumir menos é urgente. Não dar presentes sem saber se serão bem recebidos e não ter expectativas de receber presentes de pessoas que não nos são realmente próximas é muito importante para a nossa responsabilidade coletiva. Temos que mudar esta tradição e este costume para que a mudança seja sistémica. Definam um orçamento, façam uma lista de presentes, cumpram-nos e não façam compras de última hora, pois serão menos sensatas. Não dêem presentes por obrigação (afinal, quais serão as consequências?) e não temam passar presentes indesejados a outra pessoa. E se não tiverem a certeza do que alguém que vão presentear quer ou precisa ofereçam consumíveis (comida, sabonetes…) ou experiências (vales para espetáculos, por exemplo) para que não sejam responsáveis por um qualquer objeto, de que podem não gostar, para o resto da vida.